Alfred Werner foi um químico suíço, que nasceu em Mulhouse a 12 de dezembro de 1866, tendo falecido em Zurique a 15 de novembro de 1919. Filho do gerente de fábrica J.A. Werner e da sua esposa Jeanne Tesche, foi educado em Mulhouse onde mostrou um interesse especial em química e aos 18 anos já realizava as suas primeiras pesquisas químicas independentes.
Prestou serviço militar em Karlsruhe (1885-1886) e, durante este período, compareceu às conferências de Engler na escola secundária técnica da cidade.
Estudou na Universidade de Karlsruhe, Universidade de Zurique e em Paris.
Tornou-se assistente no laboratório do Professor Lunge, da Escola Técnica Federal de Zurique (1889) e começou a cooperar com o Professor Hantzsch nas suas pesquisas.
Doutorou-se em física na Universidade de Zurique (1890) com uma pesquisa sobre a estereoquímica dos compostos orgânicos azotados, que constituiu importante contribuição para o estudo das relações espaciais entre os átomos que constituem uma molécula. Depois trabalhou (1890-1891) com Marcellin Berthelot, no Collège de France, em Paris. Voltou para a Escola Técnica Federal de Zurique (1892) e tornou-se professor associado na Universidade de Zurique, sucedendo a Victor Merz, e enunciou a teoria da coordenação ou das valências residuais (1893), ou seja, desenvolveu a teoria de valência para explicar como as moléculas são formadas por átomos em equilíbrio enquanto unidades químicas, permitindo uma classificação simples e ampliando o conceito de isomeria.
Tornou-se cidadão suíço e professor de química orgânica na Universidade de Zurique, aos 29 anos (1895), e de química inorgânica (1902). Dedicado à docência de química na Universidade de Zurique (1895-1919), acabou por falecer em Zurique, um mês antes de completar os 63 anos.
A sua obra científica mais importante refere-se à estereoquímica dos compostos de azoto. Em 1893 enunciou a teoria da coordenação ou das valências residuais, deste modo descobrindo os isómeros de muitas combinações metálicas. A sua teoria foi fundamental para a compreensão e progresso da química inorgânica.
Devido às suas contribuições para o desenvolvimento da estereoquímica recebeu o prémio Nobel de química de 1913. Foi o primeiro a receber um prémio Nobel pela química inorgânica, e o único até 1973.