Ernest Lawrence foi um físico nuclear americano que nasceu no dia 8 de agosto de 1901, em Canton e faleceu em Palo Alto, Califórnia, a 27 de agosto de 1958.
Os seus pais, Carl Gustavus e Gunda (nascida Jacobson) Lawrence, eram ambos descendentes de imigrantes noruegueses. Tinha um irmão mais novo, John H. Lawrence.
Lawrence frequentou as escolas públicas de Canton e Pierre, em seguida, matriculou-se na St. Olaf College, em Northfield, Minnesota, transferindo-se depois de um ano para a Universidade da Dakota do Sul em Vermillion. Completou o bacharelado em química, em 1922, e o seu grau de Masters of Arts (M.A.) em física pela Universidade de Minnesota, em 1923, sob a supervisão de William Francis Gray Swann. Para a sua tese de mestrado, Lawrence construiu um modelo experimental que girava um elipsoide através de um campo magnético. Frequentou depois a universidade de Chicago e a universidade de Yale onde completou o seu doutoramento.
Em 1928 entrou na Universidade da Califórnia como professor associado de Física. Em 1930 foi nomeado professor catedrático, tornando-se no mais jovem professor da universidade. Em 1936 tornou-se diretor do Laboratório de Radiação da Universidade em Berkeley. Esta instituição, agora denominada Lawrence Berkeley Laboratory, tornou-se num importante centro de investigação de Física nuclear e de Física de altas-energias.
Lawrence é conhecido por ter desenvolvido o ciclotrão, um instrumento que acelera átomos carregados a altas velocidades, geralmente conhecido como acelerador de partículas, por forma a conseguir transmutações nucleares. Com o seu colaborador Milton Livingston, Lawrence construiu o primeiro ciclotrão em 1930, embora já tivesse proposto a ideia num artigo dois anos antes. O ciclotrão e as suas formas mais avançadas são os principais instrumentos para a investigação do núcleo atómico e das partículas elementares.
Ernest Lawrence foi distinguido com a medalha Hughes em 1937, o prémio Nobel de física em 1939, a medalha Faraday em 1952, o prémio Fermi em 1957, entre outros. O elemento químico de número 103 foi nomeado Laurêncio em sua homenagem.