Os Prémios Nobel foram instituídos por Alfred Nobel, um industrial sueco, inventor da dinamite, a partir do seu testamento. São entregues anualmente no dia 10 de Dezembro (aniversário da sua morte), às pessoas que fizeram pesquisas importantes, inventaram técnicas pioneiras, ou deram contribuições destacadas à sociedade.
Alfred Nobel ficou chocado ao ver a edição de um jornal que noticiou a morte do seu irmão como sendo a sua, e inventou uma forma de ser lembrado. Criou prémios para que fossem concedidos àqueles que serviram ao bem da Humanidade, mais propriamente a todos aqueles que proporcionaram à Humanidade benefícios no campo da física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz.
Nobel nunca criou um prémio para economia, embora muitos economistas famosos afirmem terem recebido o Nobel de Economia (essa confusão acontece devido ao Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel).
A primeira cerimónia que concedeu estes prémios ocorreu no Conservatório Real de Estocolmo em 1901, tendo o Prémio Nobel da Paz sido entregue em Oslo. Desde 1902, os prémios são formalmente concedidos pelo Rei da Suécia. No entanto a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz continua a decorrer em Oslo, sendo presidida pelo Rei da Noruega.
O Rei Oscar II inicialmente não aprovou que os prémios fossem concedidos a estrangeiros, mas mudou de idéias depois de compreender o prestígio que estes prémios dariam ao seu país.
Os prémios são concedidos numa cerimónia formal em Estocolmo, anualmente a 10 de Dezembro. Exceptua-se o Prémio Nobel da Paz, que é entregue em Oslo. Entretanto, os nomes das pessoas laureadas são anunciados em Outubro pelos responsáveis pela escolha para os prémios. A Fundação Nobel, a entidade administradora dos fundos do prémio, com sede em Estocolmo, não está envolvida na seleção dos vencedores.
O Prémio consiste numa medalha de ouro, um diploma com a citação da condecoração e uma soma em dinheiro que varia de acordo com os rendimentos da Fundação Nobel, mas que ronda os 10 milhões de coroas suecas (mais de um milhão de euros ou dólares). O propósito original era permitir que as pessoas laureadas continuassem a trabalhar ou pesquisar, sem pressões financeiras.
Os prémios são concedidos anualmente desde 1901 para realizações em:
Prémio Nobel da Física (decidido pela Academia Sueca Real de Ciências)
Prémio Nobel da Química (decidido pela Academia Sueca Real de Ciências)
Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina (decidido pelo Instituto Karolinska)
Prémio Nobel da Literatura (decidido pela Academia Sueca)
Prémio Nobel da Paz (decidido por um comité designado pelo parlamento Norueguês)
O Prémio Nobel é concedido sob várias condições: um prémio pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas no máximo, ou pode não ser concedido em determinado ano, o que permite a concessão de dois prémios da mesma categoria no ano seguinte. Além disso, o prémio, num determinado campo, pode ainda não ser concedido por um certo número de anos, caso que ocorreu mais frequentemente com o Prémio Nobel da Paz.
Em 1968, o Sveriges Riksbank, o banco central da Suécia, instituiu o "Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel", que é incorretamente referido pelos economistas como um "Prémio Nobel da Economia". Este prémio não tem nenhuma ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco. Os vencedores deste prémio são também escolhidos pela Academia Sueca Real de Ciências, tendo o primeiro vencedor sido galardoado em 1969. A frase estratégica em memória de Alfred Nobel é a causadora da confusão. A família Nobel não aceita o prémio como tal e em 1968, a decisão foi tomada de não se introduzirem mais prémios em memória de Nobel no futuro. Nobel foi um empresário criticado pela sua produção de produtos bélicos e de ter sido um monopolista, e é curioso que o tenham homenageado por estes feitos. Em todo o caso, o "prémio Nobel da Economia" é entregue na mesma ocasião que os prémios originais.
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