A Ave Fénix é um símbolo do renascimento por excelência. Na mitologia, a Fénix era uma ave de grande beleza que vivia durante um longo período (cerca de 500 anos). Esta ave é particularmente conhecida por conseguir renascer das cinzas. Construindo um ninho de ramos e folhas odoríferas destinado a estar iluminado pelo Sol do meio-dia, acaba por ser consumida pelo fogo, mas uma pequena minhoca surge nas cinzas e rapidamente se transforma numa nova Fénix.
Na antiga arte egípcia e em algumas moedas romanas foram encontradas representações pictóricas desta ave milagrosa.
A constelação surge pela primeira vez na obra Uranometria, de Bayer, em 1603, no entanto esta ideia remonta aos antigos chineses que representavam um pássaro de fogo conhecido como Honeau. Faz parte de um grupo de 12 constelações modernas introduzidas pelos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman, que cartografaram o céu do hemisfério sul entre 1595 e 1597. Não está, por isso, associada a nenhuma lenda clássica.
Esta não é uma figura celeste muito óbvia, por ser constituída por estrelas bastante ténues, mas a mais brilhante (Alfa Phoenicis) encontra-se com relativa facilidade. Pode ser localizada tendo como referência as estrelas mais óbvias dessa área do céu, Fomalhaut e Achernar, das constelações do Peixe Austral e Erídano, respetivamente.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Phoenicis.
SX Phoenicis - Este é o melhor exemplo de uma anã Cepheid variável, cuja magnitude oscila entre 7,1 e 7,5 em apenas 7 minutos e 10 segundos.
Alpha Phoenicis - Tem o nome próprio Ankaa, denominação árabe da mítica Fénix. É uma gigante alaranjada, a apenas 77 anos-luz de distância de nós. Apresentando uma magnitude de 2,4 e é a estrela mais óbvia da constelação.
Beta Phoenicis - Esta é uma dupla física (a proximidade entre as estrelas que a constituem é real) que exige telescópios de abertura média para que possa ser observada separada nas suas componentes individuais.
Gama Phoenicis - É uma dupla física, cujas componentes se encontram demasiado próximas uma da outra para que seja possível observá-las individualmente com instrumentos ópticos.
Delta Phoenicis - É uma gigante alaranjada de magnitude 3,9, a cerca de 84 anos-luz de distância de nós.
Épsilon Phoenicis - É uma gigante alaranjada de magnitude 3.9.
Niú Phoenicis - É uma anã branco-amarelada de magnitude 5,0 , difícil de se localizar a olho nu em céus com poluição luminosa. Encontra-se a apenas 49 anos-luz de nós, apresenta algumas semelhanças com o nosso Sol e possui um disco protoplanetário a girar na sua órbita.
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