A constelação da Taça é uma constelação relativamente débil que se torna difícil de localizar, não só porque é pequena, mas também pelo seu fraco brilho. Encontra-se localizada a sul das constelações Virgem e Leão, perto da constelação Corvo, à qual a sua lenda está associada.
Diz esta lenda que certa vez Apólo terá enviado o Corvo, para ir buscar um copo de água, e ele tardou em voltar. Ao passar perto de uma figueira, não resistiu a um figo que amadurecia e assim, ficou à espera, para poder comê-lo. Mais tarde acabou por regressar com o copo (a Taça) e uma cobra de água entre as suas garras. Disse então a Apólo, em jeito de desculpa, que se atrasara porque a cobra o tinha atacado.
Apólo, sabendo que o Corvo mentia, colocou-os aos três no céu, O Copo, ou Taça, ficou a Oeste do Corvo, perto, no entanto a Serpente não o deixa beber, para que ele possa sentir um sede eterna.
Já para os Romanos, esta Taça representava a taça do seu Deus do vinho, Baco.
Não apresenta objetos de interesse para o astrónomo amador.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Crateris.
Alpha Crateris - Esta estrela tem o nome próprio Alkes, de uma expressão árabe que pretendia nomear a constelação como um todo e que significa "Taça" (de vinho). É uma gigante alaranjada com uma magnitude de 4.
Beta Crateris - O seu nome próprio, raramente usado, é Al Sharasif, expressão árabe que significa "as costelas", por assinalar o ponto onde a Taça assenta no corpo da Hidra. Evita-se usar esta designação, por ser partilhada com a estrela Niú da constelação da Hidra, sendo muito mais consensual a associação do nome próprio a esta última. É uma dupla física impossível de se observar separada nas suas componentes individuais com telescópios amadores. A magnitude desta estrela é de 4,5.
Gamma Crateris - Trata-se de outra dupla física, interessante de se observar, embora não muito fácil com telescópios modestos. Apresenta uma magnitude global de 4,1.
Delta Crateris - Esta estrela é por vezes referida pelo nome próprio, raramente usado, Labrum, expressão latina que se refere à "borda" da Taça. É, na verdade, a estrela mais brilhante da constelação, uma gigante alaranjada com uma magnitude de 3,6.
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