Perceu é uma bela constelação que cruza a via Láctea, sendo visível nos céus do norte entre os meses de Julho e Março. As suas estrelas formam um arco desde Capella, no Cocheiro até Cassiopeia.
Segundo a lenda grega associada e esta constelação, Perseu era filho de Danae (filha de Acrísio, rei de Argos), fruto de mais uma das infidelidades de Zeus com uma mortal.
Tendo sido previsto pelo oráculo que Acrísio seria assassinado por um neto, o rei mandou aprisionar Danae numa masmorra, para que nunca chegasse a ter filhos. Apesar disso, fascinado pela beleza daquela mulher, Zeus entra na masmorra sob a forma de uma chuva dourada e engravida Danae de Perseu.
Furioso, Acrísio ordena que mãe e filho sejam colocados numa cesta posteriormente lançada ao mar. Com a ajuda de Zeus, a cesta dá à costa do reino de Polidectes e é descoberta pelo irmão deste, um pescador de nome Díctis, que adopta Perseu.
O rei Polidectes acaba por cobiçar Danae mas, estando destinado a casar com outra mulher, Perseu não deixa que o rei se aproxime da sua mãe. Polidectes arranja então um esquema para afastar Perseu: convida Danae e o filho para as bodas do seu casamento mas coloca uma condição a todos os convidados - que lhe ofereçam cavalos.
Como Perseu não podia satisfazer esta condição, Polidectes sugere-lhe que traga a cabeça da Medusa Górgona, ser horrendo que petrificava os homens com o seu olhar. O rei pensava que o filho de Danae nunca retornaria vivo, mas este consegue realizar a tarefa com a ajuda dos deuses: Hades, deidade do submundo, oferece a Perseu um capacete que lhe permitia tornar-se invisível; Hermes, o mensageiro dos deuses, dá-lhe umas sandálias aladas, com as quais podia voar a grande velocidade; Hefesto, deus do fogo (Vulcano, para os Romanos), entrega-lhe uma espada feita de diamante; Atena oferece-lhe um escudo de bronze polido, recomendando-lhe que olhasse para a Medusa através do escudo.
Equipado desta forma, Perseu consegue derrotar a Medusa e voa de volta ao casamento de Polidectes, carregando a cabeça decapitada do monstro. Ao sobrevoar a Arábia e África, gotas de sangue da Medusa caíram no solo, fazendo delas emergir serpentes. A lenda explica também a existência dos montes Atlas, em África, contando que são o próprio rei daquela área, Atlas, transformado em pedra por ter recebido com hostilidade a visita de Perseu.
Ao sobrevoar o Mediterrâneo avista Andrómeda, acorrentada a um rochedo para servir de oferenda a Cetus, a Baleia. O herói mata (ou petrifica com a cabeça da Medusa, segundo uma variante da história) a Baleia e salva a princesa, com quem posteriormente se casa, gerando desta união o povo Persa.
Segundo uma versão da lenda, ao retornar para junto de Danae, Perseu teria usado a cabeça da Medusa para transformar o rei Polidectes e seus seguidores em estátuas de pedra.
A profecia do oráculo que inicia a lenda acaba por ser realizada pois o herói, neto de Acrísio, durante um evento desportivo lança acidentalmente o Disco para a assistência, acertando no rei e provocando a sua morte.
O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Persei.
M 34 - Trata-se de um brilhante grupo aberto que se encontra no meio de um rico campo de estrelas. é uma visão interessante, quer com binóculos, quer com um telescópio.
NGC 869 e 884 - Este é um grupo duplo, exemplos elegantes de grupos abertos, são magníficos quando vistos com binóculos ou com o campo de baixa potência de um telescópio.
Perseids - Esta é uma das maiores chuvas de meteoros procedentes do cometa periódico Swift-Tuttle, alcançando o ponto máximo nos dias 11 e 12 de Agosto.
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